Aromaterapia – O que é e para que serve?
Já noutras alturas vos referi o meu interesse pelos tratamentos naturais/alternativos evitando a intoxicação do corpo com outro tipo de substâncias que não 100% Naturais. Falei por exemplo da Haloterapia neste artigo em que expliquei como resolvi o problema de Otites cá por casa. Hoje trago a Aromaterapia. Vou falar um pouco sobre esta terapia da qual uso e abuso por aqui e no futuro partilharei algumas dicas com os óleos essenciais que uso cá em casa! Aromaterapia – O que é e para que serve? Espero que gostem…
A Aromaterapia é como o próprio nome indica uma terapia realizada através de aromas 100% naturais, extraídos de flores, raízes, folhas, sementes, ervas, madeiras e resinas transformadas em óleos essenciais 100% puros utilizados na prevenção e/ou tratamento auxiliar de problemas físicos, psicológicos e energéticos.
Serve também para tratar ou embelezar a pele, auxiliar na cura de doenças comuns, curar a alma, relaxar o corpo e a mente.
A aplicação terapêutica de óleos essenciais através de banho, massagens, compressas, difusão no ambiente, etc… usando veículos neutros para diluir os óleos como óleos vegetais ou água que preservam as propriedades químicas dos óleos e a actuação físico-química no organismo humano, combinados com a actuação olfactiva através do sistema límbico, têm o objectivo de proporcionar o bem estar geral do ser humano.
Origem da Aromaterapia
Parte integrante da medicina alternativa, a aromaterapia existe há mais de seis mil anos, tendo sido activamente praticada nas antigas civilizações da Grécia, Roma e Egipto. Aliás, o médico egípcio Imhotep recomendava o uso de óleos com fragrâncias no banho, nas massagens e, claro, no embalsamento dos mortos. O pai da medicina moderna, Hipócrates, seguiu os mesmos princípios e reza a história que terá realizado fumigações aromáticas para travar a praga em Atenas. Porém, o declínio do Império Romano levou ao desaparecimento destes conhecimentos aromáticos que reapareceu esporadicamente em alguns lugares da história. Mais tarde, no século XIX, de modo mais consistente os cientistas europeus decidiram dedicar-se ao estudo dos efeitos dos óleos essenciais no homem. A palavra “aromaterapia” é uma invenção do químico francês René Maurice Gattefosse que, em 1910, descobriu os poderes curativos do óleo de lavanda quando se queimou no seu laboratório de perfumes e, procurando um alívio imediato, mergulhou a mão num recipiente com óleo de lavanda. O alívio da dor foi imediata e o processo de cicatrização rápido, indolor e sem marcas posteriores. A partir daí dedicou a sua vida ao estudo dos poderes curativos dos óleos essenciais, tendo realizado vários tratamentos de êxito nos hospitais militares durante a I Guerra Mundial, experiências essas que documentou em diversos livros.
Hoje em dia, a busca de uma forma de vida natural, com a mente, corpo e espírito em equilíbrio, aumentou a procura da aromaterapia.
O Olfacto
Um dos cinco sentidos do homem o olfacto é um sentido super poderoso: através de um aroma conseguimos despertar memórias de infância bem guardadas ou o cheiro de determinado alimento pode abrir o apetite a uns ou provocar náuseas a outros. Quando inalamos óleos essenciais, as nossas células olfactivas são estimuladas e esse impulso é encaminhado para o sistema límbico – o centro emocional do cérebro – ligado à memória, à respiração, à circulação sanguínea e às hormonas.
Na aromaterapia, as propriedades, a fragrância e os efeitos dos óleos essenciais estimulam estes diferentes sistemas. Da mesma forma que a ligação estreita entre o olfacto e o cérebro desencadeia um efeito indirecto no sistema imunitário, que potencia a capacidade do corpo se sarar a si próprio. Enquanto medicina holística, a aromaterapia é uma forma de auto-cura porque incentiva o equilíbrio interno do organismo, mas também se manifesta ao nível físico uma vez que os óleos essenciais são conhecidos pelas suas poderosas acções revigorantes, anti-oxidantes, anti-bacterianas, anti-virais, anti-fungicas, anti-inflamatórias, ansiolíticas e anti-espásticas.
Benefícios físicos, emocionais e espirituais
- Mente – tratamento de cansaço mental, stress, tensão, certas fobias, insónias e outras perturbações do sono; aumento dos níveis de concentração, memória e produtividade.
- Corpo – as propriedades anti-bacterianas dos óleos essenciais auxiliam na cicatrização de feridas externas; actuam no melhoramento da circulação sanguínea, na drenagem linfática e na eliminação das toxinas do corpo; tratamento de doenças de pele, perturbações digestivas, desequilíbrios hormonais, dores musculares e de articulações; aumento dos níveis de energia e bem-estar geral.
- Estado emocional – os óleos essenciais também podem funcionar como um anti-depressivo potente, ajudando a acalmar e a aliviar estados de nervosismo, tristeza, pânico, ansiedade e de depressão; aumento dos níveis de auto-estima e de auto-confiança.
- Estado espiritual – a aromaterapia também é utilizada para aumentar os níveis de consciência, percepção e de comunhão com forças maiores, sendo ainda parte integrante na prática da meditação.
Como se aplicam os óleos essenciais?
- Externa – aplicado directamente na pele (diluído), tratam feridas superficiais ou problemas de pele, activando, em simultâneo, os receptores térmicos do corpo, matando micróbios e fungos.
- Interna – ingerido através da diluição em água ou adicionado à alimentação, activam o sistema imunitário.
- Massagem/Banhos – largamente associados às massagens e banhos de aromaterapia, nestes casos os óleos essenciais são inalados, mas também são absorvidos pela pele, entrando no sistema circulatório que os transporta para os órgãos e restantes sistemas do corpo.
- Difusão no ar – utilizados em difusor a frio ou colocados em recipientes ao ar livre, os óleos essenciais são captados pelas células olfactivas e direccionados para o sistema límbico.