O Inhame é cultivado em áreas tropicais. Em geral, é um alimento muito consumido na América Latina, em ilhas banhadas pelo oceano Pacífico e no continente asiático. Na África Central, principalmente para os nigerianos, é considerado um item básico da dieta. Os tubérculos também são utilizados para fins medicinais: de algumas espécies, pode-se extrair a diosgenina, um fitoesterol de grande interesse da indústria farmacêutica. A diosgenina é convertida em progesterona, que por sua vez é utilizada na produção de pílulas anticoncepcionais. Vamos então conhecer mais um pouco deste alimento na rubrica Bons Alimentos.
Propriedades do inhame
Cada 100 g de inhame cozido fornecem 118 calorias, na sua maioria proveniente de carboidratos, cerca de 28 g. Encontramos também 1,5 g de proteína, 3,9 g de fibras e uma quantidade insignificante de gordura (0,2g).
Os tubérculos são uma excelente fonte de fibras solúveis e seus carboidratos são complexos. Eles apresentam um pouco de vitamina A e betacaroteno, quantidades significativas de vitamina C e são ricos em vitaminas do complexo B (tiamina, riboflavina, niacina, ácido pantotênico, piridoxina e ácido fólico). Em relação aos minerais, possuem potássio, ferro, cálcio, fósforo, magnésio e cobre.
Muitas das propriedades medicinais do inhame são decorrentes acção da diosgenina no nosso organismo. Os tubérculos também apresentam uma actividade antioxidante.
Benefícios do Inhame
1) O inhame é bom para a saúde feminina
No organismo humano, a diosgenina presente nos tubérculos é convertida a desidroepiandrosterona (ou DHEA), um hormônio que também é produzido pelas nossas próprias glândulas adrenais. O DHEA é uma molécula utilizada para a síntese de vários outros hormônios, como a progesterona, o estrogênio, a testosterona, o cortisol e a aldosterona.
Pesquisas relatam que o consumo de inhame é útil na menopausa, para a tensão pré-menstrual (TPM), endometriose, doença fibrocística da mama e fibrose uterina. Os tubérculos ajudam também a aumentar a fertilidade.
2) O inhame é bom para o combate do cancro
Os compostos antioxidantes do inhame – betacaroteno e vitamina C – ajudam a prevenir os mais variados tipos de cancro. Estes nutrientes protegem da acção de radicais livres, agentes que podem provocar mutações no ADN que levam a uma proliferação celular desenfreada.
3) O inhame é bom para o coração
O excesso de colesterol no sangue é associado à ocorrência de doenças cardíacas e, as fibras do inhame ajudam a reduzir os seus níveis.
4) O inhame ajuda a combater a Alzheimer
O excessode homocesteina alimenta a inflamação no cérebro de portadores da doença de Alzheimer. A doença também tem sido relacionada com a diminuição dos níveis do hormônio DHEA, o que acontece à medida que envelhecemos.
Logo, o inhame é um ótimo alimento para ajudar a prevenir e a controlar o Alzheimer, pois o tubérculo é fonte de vitaminas B6 e B9, e a diosgenina é convertida em DHEA em nosso organismo.
5) O inhame ajuda a promover a saciedade por mais tempo
O inhame é ótima opção de alimento para quem precisa emagrecer. Além de pouca gordura, o tubérculo apresenta carboidratos complexos, o que significa que a glicose, um dos produtos finais de sua digestão, será liberada de maneira gradativa para a corrente sanguínea, fazendo você sentir mais ativo para os treinos e ter menos fome ao longo do dia. É importante destacar que as fibras do inhame também promovem essa sensação de saciedade.
6) O inhame ajuda a evitar a anemia
O inhame é um bom alimento para a prevenção da anemia. É fonte de ferro, mineral que participa do processo de transporte de oxigênio, realizado pelas hemácias. O tubérculo também apresenta cobre, que ajuda no acesso ao ferro armazenado, para que ele possa ser utilizado na síntese de novas hemácias; vitamina C, que ajuda na absorção de ferro; vitamina B6, fundamental para a produção de hemoglobina; e ácido fólico, que ajuda no processo de maturação das células sanguíneas.
Precauções
Converse com seu médico a respeito do uso do inhame.
O funcionamento do sistema endócrino é bastante delicado e integrado, e a diosgenina do tubérculo pode alterá-lo, mesmo que discretamente.
Grávidas e lactantes devem evitar o consumo do inhame.